Três unidades de ensino em PE serão afetadas pelo fim do programa de escolas cívico-militares
Ao menos,
três escolas em Pernambuco devem ser afetadas pela decisão do governo federal
de encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim), uma das
bandeiras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O modelo, criado em 2019,
previa a atuação de militares na gestão administrativa das escolas, enquanto a
parte pedagógica seguiria com educadores civis.
A decisão de
encerrar o projeto foi anunciada nesta quarta (12), por meio de um ofício
encaminhado aos secretários de Educação de todo o país. Segundo o governo, a presença
das Forças Armadas na gestão das unidades será descontinuada e, a partir disso,
serão adotadas medidas, de forma gradual, para concluir o ano letivo dentro da
normalidade.
Em
Pernambuco, a rede estadual não aderiu ao programa. Porém, cinco escolas de
três municípios do estado chegaram a ser inscritas no projeto, de acordo com o
site do Pecim. Em apenas três delas, a iniciativa foi implantada:
Escola
Municipal Natividade Saldanha - Jaboatão dos Guararapes (aderiu em
2020);
Escola
Municipal Vereador Antônio Januário - Jaboatão dos Guararapes (aderiu em
2022);
Escola João
Batista Cruz Barros - Arcoverde (aderiu em 2021).
As outras
duas unidades são as escolas Nelson Castanha, em Bezerros, e Prof.
Bernadete Amorim de Couto Filgueira, em Altinho, ambas no Agreste do
estado. Segundo as secretarias de Educação dos dois municípios, embora tenham
feito a adesão em 2022, o projeto não chegou a ser implementado nos colégios.
A prefeitura
de Jaboatão dos Guararapes informou, por meio de nota, que as escolas inscritas
no programa pelo município funcionam. A Escola Natividade Saldanha tem 415
alunos matriculados, enquanto a Escola Vereador Antônio Januário tem 375
estudantes. As duas escolas não têm o Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
Segundo a
gestão municipal as unidades de ensino já passaram para o programa de Escolas
Integrais, mas "continuam com o apoio dos militares". O município
manterá o modelo até o final do ano letivo de 2023, mas ainda não definiu o que
acontecerá a partir de 2024.