Família de pernambucana morta na Nicarágua reclama da falta de informações sobre o crime

  • Depois de mais de um mês da morte da brasileira Raynéia Lima na Nicarágua, a família da pernambucana reclama da falta de informações sobre o caso. O assassinato aconteceu em 23 de julho, perto do hospital em que ela atuava na cidade de Manágua, capital do país. 
  • “[Quero] expressar meu repúdio, digamos assim, pelo descaso da morte da minha filha, pela parte do governo federal, que totalmente virou as costas para esse caso. Minha filha inocentemente perdeu a vida dela, perdeu todo futuro dela, que ela tinha pela frente”, lamenta a mãe de Raynéia, Maria José Costa.
  • Até agora, a ajuda recebida pelos parentes de Raynéia veio através do governo de Pernambuco, que constituiu um advogado.
  • No início de agosto, a imprensa nicaraguense publicou que o Ministério Público do País culpou a jovem de ter provocado a própria morte ao dirigir de forma descontrolada e com atitude suspeita. Nesta quarta (29), o Itamaraty voltou a considerar inaceitável qualquer hipótese que não seja a identificação e punição de quem matou a pernambucana.
  • Em nota, o Ministério das Relações Exteriores explicou que a embaixada em Manágua prestou todo o apoio e assistência consular cabível à família, como emissão de documentos, desembaraço e traslado do corpo da estudante. Também foram tomadas providências para trazer os bens pessoais de Raynéia para o Brasil, agindo de forma coordenada com as instituições locais.
  • Ainda segundo o Ministério, a embaixada brasileira acompanha o processo aberto contra o acusado de ser o responsável pela morte da estudante.
  • Um suspeito do crime foi preso, mas o caso ainda não está esclarecido. Na época do crime, a embaixadora da Nicarágua no Brasil foi chamada pelo governo brasileiro para prestar esclarecimentos. O gesto, considerado duro no mundo da diplomacia, não conforta quem passa pela dor da perda.
  • “Eu farei de tudo até os últimos dias da minha vida, enquanto eu tiver respirando, eu vou querer descobrir realmente o que causou a morte da minha filha e que quem foi seja totalmente punido”, afirma a mãe de Raynéia.

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