Reunião da Anvisa para definir autorização emergencial das vacinas do Butantan e da Fiocruz está prevista para domingo

A Anvisa informou nesta terça-feira (12) que está prevista para o próximo domingo (17) a reunião de sua Diretoria Colegiada que decidirá sobre pedidos de autorização para uso emergencial, temporário e experimental das vacinas do Instituto Butantan e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) contra a Covid-19. A data é o penúltimo dia de prazo estabelecido pela própria agência como meta para análise dos pedidos.

 No sábado (9), a agência informou que aceitou a documentação enviada pela Fiocruz, mas pediu mais informações para o instituto Butantan  sobre a Coronavac, e disse que a documentação entregue pelo instituto estava incompleta. 


Nesta terça (12), o Butantan apresentou a taxa de eficácia global da Coronavac, que ficou em 50,38% nos testes realizados no Brasil.


As duas instituições apresentaram suas solicitações de uso emergencial na sexta-feira (8) à Anvisa. O pedido do instituto Butantan vale para 6 milhões de doses que o instituto recebeu prontas, vindas da China. Já da fundação Oswaldo Cruz vale para 2 milhões de doses, que devem ser importadas do laboratório Serum, sediado na Índia. 


Segundo a Anvisa, o prazo para análise é de dez dias. Já a avaliação do pedido de registro definitivo, que não foi feito, pode ocorrer em até 60 dias. 


A autorização de uso emergencial é destinadas apenas para o público testado nos estudos, definido pelos próprios laboratórios. A Anvisa não detalhou para quais grupos recebeu os pedidos de Fiocruz e Butantan, mas confirmou que as solicitações delimitam um público alvo e que esta escolha ainda está em análise pela agência. Quem tomar a vacina de uso emergencial deverá assinar um termo de consentimento. 


O público alvo do Ministério da Saúde na primeira fase do Plano nacional de vacinação é composto por trabalhadores de saúde, idosos (acima de 60 anos), população indígena, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas, pessoas com comorbidades, professores, profissionais de forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional, população privada de liberdade e pessoas com deficiência permanente severa.

 Em meados de dezembro, a diretoria colegiada da agência aprovou as regras para autorização temporária do uso emergencial, em caráter experimental, de vacinas contra a doença causada pelo coronavírus.

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