Centenário de Clarice Lispector: escritora que teve vida e obra ligadas ao Recife se torna cidadã pernambucana

Há exatos 100 anos, nascia na Ucrânia pós-guerra civil Clarice Lispector, cânone da literatura brasileira. Diante da perseguição aos judeus na época, a escritora chegou, aos 2 anos, ao Nordeste do Brasil, onde viveu até os 14 anos de idade. No dia de seu centenário, celebrado nesta quinta-feira (10) a autora se torna cidadã pernambucana, título concedido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).
Clarice Lispector nasceu em 1920, numa família judaica russa e tinha duas irmãs mais velhas. Em 1922, a família, que havia perdido os bens na guerra civil, decidiu sair da Europa para o Brasil. Maceió (AL) foi o primeiro destino e, poucos meses depois, os cinco se instalaram na capital pernambucana.
O título de Título Honorífico de Cidadã Pernambucana post mortem foi concedido pelo presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros (PP). O projeto, de autoria de Marco Aurélio Meu Amigo (PRTB), foi solicitado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). No entanto, a Alepe informou que não haverá solenidade para concessão do título devido à pandemia do novo coronavírus.
Neste ano, ela também foi reconhecida como patrona da literatura de Pernambuco, num projeto de autoria do deputado estadual Professor Paulo Dutra (PSB).
De acordo com a Fundaj, a solicitação para que Lispector se tornasse cidadã pernambucana foi feita devido às constantes evocações da autora à cidade do Recife, em algumas de suas obras mais importantes. Ela é a única mulher a compor o conjunto de 12 estátuas que compõem o Circuito da Poesia, homenagem feita aos escritores que tiveram a vida e a obra ligadas a Pernambuco.

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