PF prende no Recife membro de quadrilha chefiada por empresário morto em frente a academia
A Polícia
Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (12) uma operação contra uma quadrilha
suspeita de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. No Recife, um homem foi
preso preventivamente.
O grupo
criminoso, segundo a corporação, era chefiado pelo empresário cearense João
Batista de Oliveira Ramos, conhecido como Beto da Mídia, morto em frente a uma
academia em Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana.
Segundo a
PF, a quadrilha movimentou mais de R$ 77 milhões em Pernambuco, Ceará, Paraíba
e São Paulo. A Operação Rebote começou ao investigar a atuação de Beto da Mídia
na região cearense do Cariri.
Entretanto,
durante as investigações, ele foi morto, e, segundo a corporação, "foi
identificado que o controle das atividades criminosas foi transferido para
novos envolvidos, que se tornaram os alvos da presente ação policial". Ao
todo, são cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, além de um de prisão
preventiva.
Em
Pernambuco, foram cumpridos 12 mandados de buscas e apreensão nas seguintes
cidades
Recife:
cinco mandados;
Caruaru:
cinco mandados;
Paranatama:
um mandado;
Bonito: um
mandado.
A operação,
segundo a Polícia Federal, visa a prisão dos supostos líderes da organização
criminosa, além de cumprir mandados de busca e apreensão em imóveis nos quatro
estados citados. Também foram realizados o sequestro de postos de gasolina e a
apreensão de bens e valores do grupo.
As pessoas
investigadas são suspeitas de crimes que, com penas somadas, têm pena de até 15
anos de reclusão. "As investigações continuam para apurar a participação
de outras pessoas no crime", informou a PF.
Beto da
Mídia estava acompanhado da esposa quando foi morto a tiros dentro do carro,
mas ela não foi atingida.
Ele nasceu
em Juazeiro do Norte, no Ceará, e era dono de postos de combustíveis e lojas de
venda de veículos novos e usados, na cidade natal dele, no Conde (PB) e em três
municípios pernambucanos: Recife; Caruaru, no Agreste; e Petrolina, no Sertão.
Segundo a
polícia, ele era envolvido em diversos crimes, como porte ilegal de arma e
agiotagem. Ainda de acordo com a polícia, em 2008, ele foi preso na Operação
Cariri sem Drogas, da Polícia Federal, numa investigação de uma quadrilha que
distribuía drogas vindas da Colômbia.