Bets contratavam influenciadores para driblar lei e promover jogos de azar, diz secretário sobre operação que prendeu Deolane Bezerra
As casas de
apostas investigadas na operação "Integration", que apura crimes de
lavagem de dinheiro e jogos ilegais e que prendeu a empresária Deolane Bezerra
e a mãe dela no Recife, contratavam influenciadores digitais para promover
jogos de azar, que são proibidos por lei. A informação foi repassada pelo
secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho.
Em
entrevista à TV Globo na quinta-feira (5), o secretário afirmou que "há
indícios e provas suficientes do cometimento do crime". Uma das bets
investigadas é a Esportes da Sorte. O dono da empresa, Darwin Henrique da Silva
Filho, e a esposa dele, Maria Eduarda Filizola, se entregaram à polícia e foram
presos.
"É
feita toda uma história de que o jogo vai levar você a ter um patrimônio, um
carro, uma mansão, um barco, quando isso não é realidade. Aquela pessoa que tem
um carro, uma mansão, um barco, não foi jogando [que ganhou]. Foi sendo
patrocinada para vender uma ilusão e levar pessoas a jogar, muitas vezes, de
forma compulsiva e perder tudo que têm", afirmou o secretário.
Ainda de
acordo com Alessandro Carvalho, as bets envolvidas no esquema atuavam,
inicialmente, no jogo do bicho, que é proibido no Brasil, e aproveitaram o
crescimento do mercado de apostas esportivas online, autorizado e regulamentado
pelo governo federal neste ano, para legalizar suas atividades.