Neoenergia anuncia investimento de R$ 5,1 bi na rede elétrica até 2028 e diz que quedas de energia serão 'menos frequentes'
Após
meses de relatos de quedas de energia e prejuízos em todo o estado, o
diretor-presidente da Neoenergia em Pernambuco, Saulo Cabral, anunciou que a
companhia vai investir R$ 5,1 bilhões na expansão e modernização da rede
elétrica do estado em cinco anos. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira
(29), ele disse que esses problemas serão "menos frequentes".
Entre as
melhorias previstas, está a construção de 13 novas subestações, incluindo duas
no Recife e outras onze em Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo
Agostinho, Ipojuca e Itapissuma, na Região Metropolitana; e nas cidades de
Sirinhaém, Ribeirão, Garanhuns, Cachoeirinha, Arcoverde e Petrolina, no
interior.
Também há
previsão de que sejam instalados mais de 270 quilômetros de linhas de alta
tensão.
"São investimentos recordes. Eles estão concentrados na
infraestrutura elétrica, em novas subestações, novas linhas, mais automação. E
isso garante, através da infraestrutura e da automação, que as faltas de
energia fiquem cada vez menores, menos frequentes. E que isso se perpetue ao
longo do tempo", afirmou Saulo Cabral.
As falhas no
sistema elétrico se tornaram constantes nas últimas semanas. O problema tem
afetado, inclusive, pontos turísticos como o Bairro do Recife e a praia de
Porto de Galinhas, gerando prejuízos para comerciantes e moradores.
"Embora,
nos últimos meses, nós tenhamos um volume maior de chuvas, uma interferência
maior de árvores sobre a rede, a gente tem uma percepção de mais reincidência
[de quedas de energia]. Mas a Neoenergia continua trabalhando nisso",
declarou o diretor-presidente da companhia.
O anúncio
foi feito durante uma cerimônia com a governadora Raquel Lyra (PSDB), no
Palácio do Campo das Princesas, no Centro do Recife. Segundo a Neoenergia, do
total de R$ 5,1 bilhões previstos até o fim de 2028, R$ 928 milhões serão
investidos neste ano.
Além disso,
foram anunciados investimentos de R$ 163 milhões em "redes
inteligentes", com a instalação de mais de 1.100 religadores, equipamentos
que recompõem automaticamente o sistema elétrico em casos de queda de energia.