Polícia prende servidores do TJPE por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro
A Polícia
Civil de Pernambuco prendeu nesta quinta-feira (25) seis suspeitos de
corrupção, comunicação falsa de crime, lavagem de dinheiro e falsidade
ideológica. Conforme apurou a TV Globo, três alvos são servidores do Tribunal
de Justiça de Pernambuco (TJPE).
Um dos
crimes investigados é peculato, cometido por servidores públicos que obtêm
vantagem indevida utilizando o cargo que ocupam. De acordo com o TJPE, dois dos
servidores já foram demitidos por decisão administrativa do Judiciário.
A Operação
Themis faz referência à deusa da justiça, cujo nome é utilizado para batizar
sistemas de gestão de departamentos jurídicos. A polícia cumpriu seis mandados
de prisão, sendo cinco em Pernambuco e um na Paraíba. Os alvos são cinco homens
e uma mulher.
A TV Globo
apurou que eram três servidores e três laranjas. O chefe da organização
criminosa utilizava o certificado de uma juíza aposentada da Vara em que ele
trabalhava para expedir alvarás falsos. A magistrada não tinha conhecimento dos
crimes.
Por meio
desses alvarás, o chefe da quadrilha determinava que o dinheiro de disputas
judiciais fosse transferido para uma terceira pessoa, que nada tinha a ver com
o processo. Essa pessoa repartia o dinheiro.
Também foram
cumpridos nove mandados de busca e apreensão domiciliar. A Justiça também
determinou o sequestro de bens e bloqueio judicial de ativos financeiros. Entre
os materiais apreendidos estão carros, joias, relógios e bolsas.
Todos os
mandados foram expedidos pela Vara dos Crimes contra a Administração Pública e
a Ordem Tributária da Capital.
A
investigação começou em outubro de 2023. A Polícia Civil não divulgou quem são
os presos. Os mandados de prisão são cumpridos nas seguintes cidades:
Recife;
Gravatá;
Afogados da
Ingazeira;
Iguaraci;
Sairé;
Uma cidade
da Paraíba.
o TJPE disse
que "tão logo cientificada dos supostos desvios praticados à época pelos
servidores, a Corregedoria Geral de Justiça estadual direcionou o caso à
Divisão de Investigação e Apuração do TJPE".
Esse órgão,
após aprofundar as investigações "e diante de provas contundentes de
ilícitos penais, articulou o direcionamento do caso" ao Departamento de
Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) da Polícia Civil,
objetivando representação por medidas cautelares de urgência.