Produção industrial em Pernambuco teve o 4º maior crescimento do país em fevereiro

Pernambuco registrou uma alta de 5,2% na produção industrial no mês de feveiro deste ano. Os dados foram divulgados recentemente pela Pesquisa Indústria Mensal (PIM) regional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O crescimento é superior à média do Nordeste que foi de 1,6% e se destaca em relação ao resultado nacional, que obteve recuo de 0,3%. 

A pesquisa aponta que em relação a fevereiro de 2023, foi registrado um aumento de 5,3% na atividade industrial no Estado. Esse crescimento foi influenciado principalmente pela fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores com crescimento de 59,1% e pela fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos 34,5%. 

Já no acumulado do primeiro bimestre do ano, o crescimento foi de 3,2% em Pernambuco, puxado pelos setores de fabricação de celulose, papel, produtos de papel 7,4% e fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias 5,1%.
De acordo com o economista da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Cézar Andrade, dois fatores podem explicar esse crescimento. "O primeiro deles é o carnaval, no mês de fevereiro. É um período festivo em que naturalmente ele movimenta toda a economia de Pernambuco, inclusive a indústria. Então a indústria produz mais nessa época para atender o aumento da demanda. O comércio é mais demandado, então ele encomenda mais para a indústria e ela produz mais", explicou o economista da Fiepe, Cézar Andrade.
 
Ainda segundo o economista, a queda da taxa Selic pode justificar essa evolução da produção industrial, e também o acumulado do ano é o primeiro bimestre, quando Pernambuco gerou um crescimento de 3,2%. "Esse aumento também ocorreu pela queda da taxa básica de juros, que é a Selic, que hoje está em 10,75%. Nesse mesmo período, no ano passado, ela estava em 13,75%. Então, quando a taxa de juros está mais baixa, isso incentiva o consumo e por consequência aumenta a produção", comenta. Cézar ainda ressalta que com a redução da taxa Selic o valor do crédito fica mais baixo, o que facilita o acesso dos empresários ao crédito, aumentando assim os investimentos e a produção industrial.  
 
Os dados da pesquisa também revelam que cinco dos 15 locais investigados tiveram um recuo na passagem de janeiro para fevereiro deste ano, quando a produção nacional do país caiu 0,3%. As maiores quedas ocorreram no Mato Grosso -3,3%, Goiás -2,4% e Pará -2,2%. 
 
Na comparação com fevereiro de 2023, houve avanço em 16 dos 18 locais analisados, sendo as maiores variações registradas no Rio Grande do Norte 67,3%, Rio Grande do Sul 18,3%, Amazonas 17,2% e Ceará 14,3%. 
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