Pernambuco tem 50 pontos críticos em estradas e duas das dez piores rodovias do país, diz pesquisa da CNT
Dois terços
da malha rodoviária de Pernambuco apresentam algum tipo de problema. É o que
aponta uma pesquisa divulgada, nesta quarta (9), pela Confederação Nacional do
Transporte (CNT). O estado tem 50 pontos críticos nas rodovias e duas estradas
entre as dez piores do país.
As rodovias
pernambucanas que estão entre as dez piores do país são:
PE-096: entre Palmares e Barreiros, que tem
50 quilômetros de extensão
PE-545: entre Exu e Ouricuri, que tem 76
quilômetros de extensão
Dos 3,2 mil
quilômetros de vias analisados pela CNT em Pernambuco, 1.076 quilômetros estão em
estado ótimo ou bom. Outros 1.208 quilômetros foram classificados como regular,
enquanto 916 quilômetros são ruins ou péssimos.
O balanço
significa que 66,4% da malha rodoviária pavimentada analisada no estado tem
algum problema. Esse índice é bem parecido com a média-geral das estradas do
país.
Entre as
características analisadas pelo relatório, Pernambuco se sai pior em relação à
sinalização das estradas. No estado, 75,8% das rodovias têm sinalização
regular, ruim ou péssima.
A CNT aponta
que 29% da malha rodoviária não tem faixas laterais. Além disso, 19% das vias
estão sem faixa central.
Entre os 3,2
mil quilômetros visitados pela pesquisa em Pernambuco, 36,6% não têm
acostamento. Quando analisadas apenas as curvas perigosas, 71% delas não têm
sinalização, de acordo com a CNT.
Custo
elevado
Na pesquisa,
a CNT também estimou o quanto seria necessário investir para recuperar as
rodovias em Pernambuco com ações emergenciais. Os custos com os serviços de
restauração e de reconstrução foram calculados em R$ 2,45 bilhões.
Os investimentos
poderiam trazer um retorno econômico. Segundo o relatório, "as condições
do pavimento no estado geram um aumento de custo operacional do transporte de
29,1%".
Segundo o
próprio levantamento, esse aumento no custo operacional se reflete na
competitividade dos negócios e no custo dos produtos.
Além disso,
só ao longo de 2022, a má qualidade da malha viária do estado deve gerar um
consumo adicional de 25,3 milhões de litros de diesel. Isso representa um
desperdício de R$ 115,22 milhões aos transportadores.
O que diz o governo
a Secretaria
de Infraestrutura afirmou que a pesquisa "comprova o avanço do Governo de
Pernambuco na recuperação e requalificação da sua malha viária".
Segundo a
pasta, desde 2019, 582 quilômetros de rodovias estaduais já foram entregues.
Outros 1.080 quilômetros estão com obras em andamento, segundo o estado, o que
somaria um valor de R$ 2 bilhões em investimentos até o fim deste ano.