Pesquisadores da UFPE descobrem osso de dinossauro mais antigo já achado no Nordeste

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) descobriu, durante uma escavação, os ossos do dinossauro mais antigo já encontrado no Nordeste brasileiro. O segmento de vértebra da cauda foi encontrado na Formação Aliança, próxima ao município de Ibimirim, no Sertão do estado.


Trata-se de um dilofossauro, um dinossauro bípede e carnívoro com uma crista óssea dupla e delgada sobre o crânio. Eles podiam ter mais de seis metros de comprimento e pesar até 750 quilos.


O achado ocorreu em 2019, mas a equipe levou quase três anos para analisar mais detalhadamente a ossada e confirmar o grupo taxonômico e a provável idade do fóssil.
Os ossos foram medidos e comparados com uma ossada de dilofossauro encontrada nos Estados Unidos. Os resultados são muito similares.


Os pesquisadores, agora, querem voltar ao local para fazer novas escavações. O objetivo é tentar encontrar novas ossadas que permitam identificar melhor a espécie de dilofossauro ou encontrar novos dinossauros.


Isso é possível porque o sítio arqueológico era um lago há milhões de anos. Isso significa que os restos de um animal depositados ali não teriam muita chance de escoar ou serem arrastados para outros locais.


"As características do lugar permitiam a preservação dos fósseis. Então, provavelmente o resto daquele animal está ali. A gente pretende voltar e achar mais pedaços. Mas, para isso, é preciso um trabalho muito exaustivo. Temos que fazer trincheira para proteger a área, cavar com cuidado, encontrar os fósseis e levar para análise", explica Leonardo Marinho, doutorando da UFPE que identificou o dinossauro.


O professor Gelson Fambrini, orientador de Leonardo, explica que a maior expectativa é encontrar outros trechos de ossos, como a mandíbula, que tragam novas informações sobre o bicho estudado. "Imagine que você está estudando a pena de um pássaro. Só com a pena, você pode saber que é uma andorinha, mas não que espécie de andorinha", compara.


O professor Gelson Fambrini, orientador de Leonardo, explica que a maior expectativa é encontrar outros trechos de ossos, como a mandíbula, que tragam novas informações sobre o bicho estudado. "Imagine que você está estudando a pena de um pássaro. Só com a pena, você pode saber que é uma andorinha, mas não que espécie de andorinha", compara.


O avanço da pesquisa pode provar que o dinossauro encontrado no interior pernambucano pertence a um grupo raro e primitivo, os neoterópodes basais. Até hoje, apenas três desses fósseis foram identificados no mundo: nos Estados Unidos, na Antártica e na África do Sul.


Categoria:Noticias