OMS diz que não há necessidade imediata de vacinação em massa contra a varíola do macaco

A OMS (Organização Mundial da Saúde) não acredita que o surto de varíola do macaco fora da África exija vacinação em massa, uma vez que medidas como boa higiene e comportamento sexual seguro ajudarão a controlar sua propagação, disse uma autoridade sênior nesta segunda-feira (23).


Em entrevista à Reuters, Richard Pebody, que lidera a equipe de patógenos de alta ameaça na OMS Europa, também afirmou que os suprimentos imediatos de vacinas e antivirais são relativamente limitados.


Os comentários ocorrem no momento em que o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA disse que estava em processo de liberação de algumas doses da vacina Jynneos para uso em casos de varíola do macaco.


Autoridades de saúde pública mundiais investigam 87 casos suspeitos da doença e já há 172 casos confirmados, de acordo com levantamento em tempo real conduzido pela iniciativa Global.health.


Há casos confirmados em 17 países. Na Europa existem registros na Áustria, Bélgica, Dinamarca, Inglaterra, França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Portugal, Eslovênia, Espanha, Suécia e Suíça. Na América do Norte, no Canadá e Estados Unidos. Na Oceania há uma notificação na Austrália, e na Ásia, uma em Israel.


É o pior surto do vírus fora da África, onde a doença é endêmica (ocorre habitualmente).
As principais medidas para controlar o surto são o rastreamento e o isolamento de contatos, disse Pebody, observando que não é um vírus que se espalha com muita facilidade nem causou doenças graves até agora.


"Não estamos em uma situação em que precisamos nos mover para a vacinação generalizada das populações", declarou.


Não está claro o que está impulsionando o surto, e os cientistas tentam entender a origem dos casos e se algo sobre o vírus mudou. Não há evidências de que o vírus tenha sofrido mutação, disse um executivo sênior da agência da ONU separadamente nesta segunda-feira.


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