Exportações pernambucanas registram aumento de 70% em janeiro
Com um desempenho expressivo em janeiro, as
exportações realizadas em Pernambuco durante o primeiro mês deste ano cresceram
70,2%, enquanto as importações aumentaram 20,5%, de acordo com um levantamento
realizado pelo Ministério da Economia. Dessa forma, o último mês entrou
para a história do estado como o janeiro que mais movimentou as vendas no
mercado internacional.
De acordo com a Federação das Indústrias do Estado
de Pernambuco (FIEPE), em números absolutos, o saldo em vendas externas foi de
US$ 236,5 milhões, enquanto o das importações foi de US$ 486,2 milhões. Porém,
apesar do bom desempenho, o saldo final da balança comercial do estado continua
com um déficit de US$ 250 milhões. Em 2021, era de US$ 265 milhões.
"Essa discrepância no percentual entre os
crescimentos das exportações e das importações foi suficiente para reduzir o
déficit em 5,7% no saldo final da balança do estado", afirmou o analista
do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEPE, Vinicius
Torres.
Segundo Torres, apesar do persistente desarranjo
logístico do comércio internacional, com a alta dos fretes e a escassez de
containers, alguns fatores como a manutenção do dólar ainda em patamares
elevados, os sinais de recuperação da economia global e a diversificação de
parceiros comerciais, contribuíram para dinamizar as vendas
internacionais.
Nas exportações, o crescimento foi impulsionado
principalmente pelas vendas de óleo combustível com destino à Singapura e de
açúcares para Angola e Togo, com elevação de 316,7% e 157,7% respectivamente,
em relação a janeiro de 2021.
Considerado um dos parceiros mais importantes de
Pernambuco, o desempenho das vendas para a Argentina subiu 2,7% nesse mesmo
período, mesmo com a queda na comercialização de automóveis, que registrou
retração de 47,6%.
"Embora as vendas de automóveis tenham caído, a comercialização de poli
tereftalato de etileno (+722,6%) e de rolhas, tampas e acessórios para
embalagens ( 268%) foram as responsáveis por segurar o bom comportamento das
exportações para o país", explicou o analista.
Com relação às importações, os destaques ficaram por conta da querosene
de aviação (US$ 64,4 milhões), os propanos liquefeitos (US$ 57 milhões) e as
caixas de marcha (US$ 27,9 milhões), vindos de países como os Estados Unidos,
Índia e China, e também, uma pequena fatia, vinda do Japão.