Governo de Pernambuco reduz número de pessoas em eventos e suspende ponto facultativo no Carnaval
Como era
esperado desde a semana passada, quando o secretário estadual de Saúde, André
Longo, antecipou que estudava adotar restrições mais rígidas contra a Covid-19,
o Governo de Pernambuco anunciou novas medidas na noite desta segunda-feira
(7). Também foi determinada a suspensão do ponto facultativo no período do
Carnaval.
A partir
desta quarta (9), o limite de capacidade em eventos será reduzido de 3 mil para
500 pessoas, em lugares abertos, e de mil para 300 participantes, em locais
fechados. As normas valem até 1° de março.
Segundo o
Executivo estadual, para as festas com mais de 300 pessoas, continuará sendo
exigida a apresentação de teste negativo para a doença do novo coronavírus além
do passaporte vacinal.
Já os
eventos corporativos, considerados "não festivos", poderão contar com
até 1.500 participantes.
Ainda de
acordo com o Governo, o cancelamento do ponto facultativo valerá para os
servidores de órgãos estaduais.
Em nota
encaminhada à imprensa, o governador Paulo Câmara ressaltou a necessidade das
medidas diante do atual cenário da pandemia. "Sabemos de todas as
repercussões econômicas, sociais e culturais em torno dessa decisão, mas não há
condições sanitárias para que seja realizada qualquer tipo de festividade no
período de Carnaval em Pernambuco. Além disso, reduzimos a capacidade dos
eventos de 3 mil para 500 pessoas e não descartamos tomar outras medidas
restritivas se o número de casos continuar em crescimento acelerado”, afirmou.
Cenário
Segundo o
Governo do Estado, a circulação da variante Ômicron segue em "franca aceleração"
em Pernambuco. Há, ao todo, 919 pacientes internados nas UTIs só da rede
pública, voltando ao nível de ocupação registrado em junho do ano passado. Além
disso, a média móvel do número de casos subiu 128% nas últimas duas semanas.
Diante
desses dados, o secretário de Saúde, André Longo, disse que a pasta vai
contratar novos profissionais com abertura de leitos. "Mas só os esforços
do Governo do Estado não serão suficientes para diminuir a circulação viral e
superar o vírus. Precisamos, então, do engajamento da sociedade, com o respeito
aos protocolos, o reforço nos cuidados e, principalmente, com a vacinação”,
afirmou.