Governo de Pernambuco estuda adotar novas medidas restritivas diante do avanço da Ômicron
Diante do
aumento do número de casos de Covid-19, que já traz reflexos nos registros de
mortes e na ocupação dos leitos nos hospitais, o Governo de Pernambuco estuda
adotar novas medidas restritivas para conter o avanço da doença, especialmente
da variante Ômicron. Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (3), o
secretário estadual de Saúde, André Longo, disse que o Comitê Técnico de
Acompanhamento da pandemia vai se reunir na próxima segunda (7) para reavaliar
a atual fase do Plano de Convivência com o coronavírus.
"Nós
temos um decreto que está em vigor desde o dia 1º e vigora até o dia 15 deste
mês. Vamos fazer uma análise de adoção de novas medidas. Reforço que Pernambuco
está entre os cinco estados com medidas de restrição mais intensas no Brasil.
Somos um dos poucos, ao lado da Paraíba, que exigem, além do passaporte
vacinal, o exame negativo para entrada em eventos", afirmou o gestor.
"No
entanto, é fato inegável a aceleração da Ômicron e vamos aguardar a conclusão
desta semana epidemiológica para analisar os dados de forma pormenorizada para
tomar as decisões que se façam necessárias. Como sempre ressaltei, o Governo do
Estado não vai hesitar em ampliar as medidas, caso os indicadores se
imponham".
De acordo
com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), o índice de positividade para
Covid-19, que indica a confirmação de casos da doença em relação ao total de
diagnósticos de infecção respiratória, subiu de 37% para 51%. Já o percentual
de infectados pela Influenza, que chegou a 60% no fim do ano passado, caiu para
2,6%.
Longo
informou ainda que, na última semana, houve um aumento de 18% nas solicitações
por vagas nas UTIs. "Também já começamos a notar, especialmente nestes
últimos três dias, um aumento nos registros de óbitos", afirmou.
Em reunião
esta semana, o Ministério Público de Pernambuco havia também recomendado ao
Governo de Pernambuco aumentar a rigidez das medidas de combate à Covid-19.