INSS começa a pagar aposentadorias com reajuste nesta terça-feira
O Instituto Nacional do Seguro Social
começa a pagar nesta terça-feira (25) os benefícios com reajustes para
aposentados e pensionistas.
O
calendário será seguido de acordo com o número do benefício do segurado.
Para
aqueles que recebem um salário mínimo, os depósitos referentes a janeiro serão
feitos entre os dias 25 de janeiro e 7 de fevereiro. Segurados com renda mensal
acima do piso nacional terão seus pagamentos creditados a partir de 1 de
fevereiro.
Atualmente, são mais
de 36 milhões de pessoas com direitos a benefícios do INSS no país.
Os
aposentados e pensionistas que recebem benefícios acima do salário mínimo terão
reajuste de 10,16% na remuneração - o teto dos benefícios do INSS passa de R$
6.433,57 a R$ 7.087,22.
Já para quem ganha o
benefício no valor do salário mínimo, o piso nacional passou para R$ 1.212
desde 1º de janeiro. Por lei, aposentadorias, auxílio-doença, auxílio-reclusão
e pensão por morte pagas pelo INSS não podem ser inferiores a 1 salário mínimo.
Veja
abaixo como ficam os valores reajustados de acordo com o novo salário mínimo e
INPC – valores referentes a mais de um salário mínimo englobam quem já estava
recebendo os pagamentos em 1º de janeiro de 2021.
Comparativo
dos reajustes
Com o
reajuste de 10,16% para beneficiários do INSS que recebem valores acima de um
salário mínimo, o aumento será pouco menor que o do salário mínimo, que teve
alta de 10,18%, ou de R$ 112 em relação ao valor vigente (R$ 1.100) no ano
passado, mas incorporou quase R$ 2 como compensação pelo reajuste do salário
mínimo abaixo da inflação em 2021.
Em
2021, o reajuste foi de 5,45% para beneficiários do INSS que recebem acima de 1
salário mínimo. Já para quem ganhava 1 salário mínimo, o percentual foi de
5,26%.
Alíquotas
de contribuição ao INSS
O reajuste também se
reflete na cobrança da contribuição dos trabalhadores para o INSS. Para
empregados com carteira assinada, domésticos e trabalhadores avulsos, a tabela
de recolhimento passa a ser:
7,5% para até um
salário mínimo (R$ 1.212)
9% para quem ganha
entre R$ 1.212,01 e R$ 2.427,35
12% para quem ganha
entre R$ 2.427,36 e R$ 3.641,03
14% para quem ganha
entre R$ 3.641,04 e R$ 7.087,22
Esses novos valores
deverão ser recolhidos apenas em fevereiro, pois são relativos aos salários de
janeiro. Os recolhimentos relativos aos salários de dezembro de 2021 e
efetuados em janeiro deste ano ainda seguem a tabela anterior.
Vale lembrar que, com
a reforma da Previdência de 2019, essas taxas passaram a ser progressivas, ou
seja, cobradas apenas sobre a parcela do salário que se enquadrar em cada
faixa, o que faz com que o percentual de fato descontado do total dos ganhos (a
alíquota efetiva) seja menor.
Ou
seja, se o trabalhador ganha mais de um salário mínimo, ele paga 7,5% de
alíquota de contribuição sobre R$ 1.212 e outros percentuais no que exceder
esse valor.
Por exemplo:
um trabalhador que ganha R$ 1.500 pagará 7,5% sobre R$ 1.212 (R$ 90,90), mais
9% sobre os R$ 288 que excedem esse valor (R$ 25,90), totalizando R$ 116,80 de
contribuição.
Quem ganha R$
2.000 pagará 7,5% sobre R$ 1.212 (R$ 90,90), mais 9% sobre R$ 788 (R$ 70,92),
totalizando R$ 161,82.
Já quem
ganha R$ 4.500 terá a seguinte contribuição, seguindo as faixas de valores da
tabela acima:
Paga 7,5%
sobre R$ 1.212: R$ 90,90 de contribuição
Mais 9%
sobre R$ 1.215,35, que é a diferença de R$ 2.427,35 de R$ 1.212: R$ 109,38
Mais 12%
sobre R$ 1.213,68, que é a diferença de R$ 3.641,03 de R$ 2.427,35: R$ 145,64
Mais 14%
sobre R$ 858,97, que é a diferença de R$ 4.500,00 de R$ 3.641,03: R$ 120,26
Total de
contribuição: R$ 466,18