Agroecologia: método sustentável proporciona aumento da produção e da renda de agricultores em Pernambuco

Plantando respeito ao meio ambiente, colhendo aumento na produção e vendendo saúde ao consumidor, agricultores de Pernambuco que adotam princípios da agroecologia têm apresentado vantagens sociais, ambientais e financeiras em relação às famílias que trabalham sob moldes da agricultura industrial. Esse é o resultado de uma pesquisa feita pelo Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, do Recife, em parceria com a agência de cooperação alemã Misereor.
No Brasil, 400 famílias de Pernambuco participaram do levantamento, sendo 200 adeptas da agroecologia e outras 200 praticantes de ações comuns à agricultura industrial, como uso de agrotóxicos e queimadas em terrenos. Os resultados foram disponibilizados para o público nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente.
O levantamento constatou que as famílias agroecológicas produzem quase uma tonelada e meia de alimentos por ano. Por outro lado, a produção das outras famílias não atinge a marca de uma tonelada no mesmo período.
Além do aumento da produção de alimentos, a pesquisa também constatou que há mais variedade de produtos comercializados por quem pratica a agroecologia. “Os agricultores que praticam a agroecologia plantam diversas frutas e hortaliças e conseguem aproveitar o terreno em várias épocas. Quem só planta milho e feijão não tem o mesmo rendimento, por exemplo”, afirma o texto.
As diferenças entre os dois modelos de produção de alimentos estão no método, segundo o coordenador técnico-pedagógico do Centro Sabiá, Carlos Magno. “Os alimentos agroecológicos são produzidos por famílias, não têm veneno, sementes transgênicas e nem utilizam adubos químicos e promovem saúde para quem consome”, explica.
A pesquisa foi realizada nos municípios de Bezerros, Bom Jardim, Cumaru, Panelas, São Caitano, Taquaritinga do Norte (Agreste) e Carnaíba, Flores, Santa Cruz da Baixa Verde, Sertânia e Triunfo (Sertão).

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