MPF denuncia oito investigados por desviar verbas destinadas a vítimas de enchentes em PE

    O Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco (PE) ofereceu à Justiça Federal, nesta segunda-feira (18), a primeira denúncia contra envolvidos na Operação Torrentes. A ação foi deflagrada no dia 9 de novembro pela Polícia Federal e investiga fraudes na reconstrução de cidades da Zona da Mata Sul atingidas por enchentes em 2010 e em 2017. Entre os denunciados estão quatro militares e quatro citados no grupo de empresários ligados ao suposto esquema.

    Entre os oficiais da Polícia Militar de Pernambuco denunciados estão o coronel da reserva Mário Cavalcanti de Albuquerque, tenente-coronel Laurinaldo Félix Nascimento, coronel aposentado Waldemir José Vasconcelos Araújo, além do coronel Roberto Gomes de Melo Filho.
    Entre os civis, estão na lista o emprésario Ricardo José Carício Padilha, também investigado em outras operações da PF, Rafaela Carrazone Padilha, Italo Henrique Silva Jaques e Taciana Santos Costa. Todos são citados pela prática dos crimes de dispensa indevida de licitação e peculato.
    Por telefone, o advogado Ademar Rigueira, que defende o coronel aposentado Waldemir José Vasconcelos Araújo, além de Ricardo José Carício Padilha, Rafaela Carrazone Padilha, Italo Henrique Silva Jaques e Taciana Santos Costa, informou que ainda não teve acesso ao documento. "Prefiro comentar após me inteirar do fato", apontou. O G1 tenta localizar a defesa dos outros acusados.
    As irregularidades, segundo a PF, podem chegar a até 30% em contratos que totalizam R$ 450 milhões para compra de comida, colchões, filtros de água e lonas de proteção para flagelados. No dia da operação, os agentes estiveram em prédios públicos como a Secretaria da Casa Militar, que fica no anexo ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado.
    Por meio de nota, o Governo de Pernambuco afirmou apoiar “toda investigação que tenha como objetivo impedir o mau uso de recursos públicos” e reforçar a “disposição, transparência e a determinação em prestar todas as informações solicitadas pelos órgãos de controle”. No texto, a administração também ressalta ser fundamental “ter a devida cautela para não condenar de forma antecipada servidores públicos estaduais sem o necessário processo legal”.

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